Ação coordenada entre Alagoas e Mato Grosso do Sul resulta na prisão de 15 pessoas em diversas cidades.
No decorrer da Operação Hades, realizada pela Secretaria de Segurança Pública de Alagoas em conjunto com a Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), 15 indivíduos, incluindo uma advogada, um policial militar, um pecuarista e empresários, foram detidos em diversas cidades de Mato Grosso do Sul.
Os mandados de prisão e busca foram executados pela Polícia Civil, por meio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco). As cidades de Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Jateí, Corumbá e Três Lagoas foram alvo da ação.
Entre os detidos estão o pecuarista e empresário Nelson Ormai Rodrigues, de 58 anos, de Dourados, e três empresários de Corumbá: Diego Emiliano Dias Chaparro, Silvia Nelcileia Santos e Silva, e Efraim Cruz Llusco.
Nelson Ormai Rodrigues já havia sido preso em dezembro de 2021 na Operação Geminus, da Polícia Federal, sob suspeita de envolvimento em uma organização criminosa que transportava grandes quantidades de cocaína de Mato Grosso do Sul para o Rio Grande do Sul. Em 2022, devido a problemas de saúde, conseguiu prisão domiciliar, mas foi novamente detido em sua residência no Jardim Mônaco, em Dourados, durante a operação.
Os empresários de Corumbá tiveram mandados de prisão temporária cumpridos por suposto envolvimento em organização criminosa. Diego Emiliano, que ocupou cargo na Prefeitura de Corumbá e foi candidato a vereador, teve suas empresas alvo de busca e apreensão, incluindo a Diaas Prestadora de Serviços Chaparro e Silva-LTDA.
Silvia Nelcileia Santos e Silva é sócia de Diego em uma empresa que comercializa brinquedos e artigos recreativos, além de oferecer serviços de impressão e fotocópias. Efraim Cruz Llusco, dono de um pequeno mercado na cidade, teve sua prisão decretada por envolvimento em atividades relacionadas a mercadorias em geral, especialmente produtos alimentícios.
Todos os detidos enfrentam acusações de organização criminosa, e Nelson Ormai Rodrigues também é acusado com base na lei que trata do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, pelos artigos 33 e 35, relacionados à produção, importação, venda e comercialização de entorpecentes, bem como associação criminosa para esse fim. A defesa de Nelson Ormai pede a manutenção da prisão domiciliar enquanto aguarda decisão judicial.
