O agente penitenciário Allan Koch, de 44 anos, foi preso na segunda-feira (30) sob acusação de tráfico de drogas. Além de seu trabalho na polícia, ele é pastor evangélico e costumava falar para as pessoas sobre como evitar o uso de drogas e o comportamento criminoso. Ele foi encontrado em uma casa na cidade de Dourados, juntamente com seu filho, com uma grande quantidade de drogas: 290 quilos de maconha, dois quilos de cocaína e duas pistolas ilegais.

Allan é pastor na Igreja Presbiteriana Independente do Brasil e se formou em estudos teológicos na Faculdade Luterana de Teologia de São Bento do Sul (SC). Recentemente, em agosto, ele deu uma palestra para muitas pessoas em Dourados, enfocando a conscientização e prevenção ao uso de drogas.

Segundo relatos, Allan já estava sendo investigado pelas autoridades. Ele foi capturado pela polícia do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) enquanto se dirigia para a casa. Seu filho, de 20 anos, também foi detido, porém sua identidade não foi divulgada.

O diretor do departamento, coronel Everson Rozeni, afirmou que o caso foi encaminhado para a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron).

Allan trabalha no Presídio Estadual de Dourados desde 2017 e faz parte do GEP (Grupo Especializado Penitenciário). Em comunicado oficial, o DOF mencionou que as prisões ocorreram após receberem informações de um possível local de armazenamento de drogas em Dourados, por meio de denúncia anônima. Ao chegarem no local, testemunharam um motociclista saindo apressadamente da residência.

O filho de Allan encontrou os policiais do DOF e, diante do forte cheiro das substâncias ilegais, admitiu que guardava cerca de 300 quilos de maconha no quintal da casa. Ele revelou que tanto guardava quanto distribuía a droga com a ajuda do pai, que logo depois chegou ao local e confirmou a história do filho.

Durante a operação, foram encontrados na casa R$ 11.650,00 em dinheiro, uma balança de precisão, dois quilos de cocaína pura, 290 quilos de maconha, uma pistola Imbel calibre 40, uma pistola Taurus do mesmo calibre e 91 munições calibre 40. Allan e seu filho alegaram que as drogas vieram de Ponta Porã e seriam enviadas para o estado do Paraná.