Uma obra de arte que está, novamente, no meio de nós. Na semana em que a estreia do disco “Ray of Light” completa 23 anos, a equipe de Madonna resolveu oferecer aos fãs mais um presente. Remasterizado, o clipe de “Frozen“, faixa que abriu os trabalhos da era mais “espiritualizada” da carreira , revela ao público detalhes impressionantes que antes, em versão analógica, era difíceis de perceber.

Observados de perto e em altíssima qualidade, closes das expressões da artista, efeitos especiais e panorâmicas do congelante deserto de Mojave, na Califórnia, tornam a produção ainda mais interessante do ponto de vista estético.

A iniciativa de remasterizar a videografia de Madonna tem sido vista por fãs como uma espécie de preparo para a estreia de sua cinebiografia, atualmente em fase de pré-produção. O intuito seria otimizar um consequente aumento nas reproduções do catálogo após a estreia do longa.

Considerado um marco na carreira da cantora, o LP “Ray of Light” chegou às lojas japonesas antes do restante do Ocidente, que só conheceria suas 13 canções inéditas em março de 1998. Produzido por William Orbit (que anos depois, em 2012, voltaria a colaborar na produção de “MDNA”), o material venceu quatro prêmios Grammy, além de receber uma indicação à categoria Álbum do Ano.

“Frozen”, carro-chefe dessa aventura, traz em seu time de colaboradores Patrick Leonard, co-autor de “Like a Prayer”, outro sucesso estratosférico. O clipe, relançado nesta terça, também chama a atenção por ter destacado referências a Marta Graham, ídolo de Madonna, além de simbologias da Kabbalah, escola de pensamento do misticismo judaico a qual se dedicava no momento em que as gravações ocorreram.