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Esperar por uma consulta com um psiquiatra pelo SUS em Campo Grande pode levar até incríveis 79 anos. Para realizar uma ressonância magnética pelo Sistema Único de Saúde na capital, o paciente teria que aguardar 47 anos. No caso de uma criança que necessita de atendimento com um neuropediatra, caso dependa do SUS, ela estará na adolescência ou na vida adulta quando chegar sua vez, já que a fila está estimada em 16 anos.

Essas estimativas alarmantes são fornecidas pelo Sisreg (Sistema de Regulação), responsável por gerenciar os atendimentos na rede pública, sob a coordenação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública). Essas projeções evidenciam uma realidade difícil de aceitar: entre as 61 mil pessoas na fila por consultas com especialistas ou exames específicos na cidade, parte delas nunca conseguirá receber atendimento, a menos que busquem ajuda filantrópica, recorram à rede particular ou obtenham o procedimento por meio de decisões judiciais.

Isso é evidente nos casos de 1.916 pacientes que aguardavam por uma vaga com um psiquiatra em outubro, 11.884 aguardando por uma ressonância e 6.063 crianças precisando de avaliação de um neuropediatra.

A situação também é crítica para os 2.756 pacientes com problemas no aparelho digestivo que necessitam de um gastro, pois teriam que esperar 2 anos e meio para conseguir a consulta. Para aqueles que precisam de diagnóstico cirúrgico e tratamento para dores na coluna, a espera ultrapassa 6 anos para 3.078 pessoas. Caso o médico especialista solicite uma ressonância magnética com sedação do paciente, 1.242 teriam que esperar 12 anos para obter o laudo do especialista.

A judicialização da saúde é uma alternativa para “cortar caminho”, e dados fornecidos pela Sesau à Câmara revelam que muitas pessoas têm recorrido ao Judiciário para obter atendimento.

De janeiro a agosto de 2023, a Prefeitura de Campo Grande gastou R$ 16,6 milhões para atender demandas judiciais de saúde. No ano inteiro de 2022, foram destinados R$ 20 milhões para a mesma finalidade, com os maiores gastos destinados a atender ordens judiciais de home care, totalizando R$ 6,2 milhões.

Além disso, há despesas com sequestros judiciais, que ocorrem quando a administração municipal não cumpre as determinações judiciais. Nos primeiros oito meses do ano, R$ 18 milhões foram retirados dos cofres municipais por ordem judicial, um valor superior ao total de 2022 e o maior desde 2017. O problema parece estar na “ineficiência da gestão” da saúde municipal e na “falta de vontade” do Executivo em buscar recursos para expandir o atendimento.

É obrigação do gestor resolver a fila de espera, seja na rede própria ou privada, oferecendo nos centros especializados ou adquirindo serviços de prestadores.




Fonte: Eduardo Suede Postado em: 17-11-2023


Esperar por uma consulta com um psiquiatra pelo SUS em Campo Grande pode levar até incríveis 79 anos. Para realizar uma ressonância magnética pelo Sistema Único de Saúde na capital, o paciente teria que aguardar 47 anos. No caso de uma criança que necessita de atendimento com um neuropediatra, caso dependa do SUS, ela estará na adolescência ou na vida adulta quando chegar sua vez, já que a fila está estimada em 16 anos.

Essas estimativas alarmantes são fornecidas pelo Sisreg (Sistema de Regulação), responsável por gerenciar os atendimentos na rede pública, sob a coordenação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública). Essas projeções evidenciam uma realidade difícil de aceitar: entre as 61 mil pessoas na fila por consultas com especialistas ou exames específicos na cidade, parte delas nunca conseguirá receber atendimento, a menos que busquem ajuda filantrópica, recorram à rede particular ou obtenham o procedimento por meio de decisões judiciais.

Isso é evidente nos casos de 1.916 pacientes que aguardavam por uma vaga com um psiquiatra em outubro, 11.884 aguardando por uma ressonância e 6.063 crianças precisando de avaliação de um neuropediatra.

A situação também é crítica para os 2.756 pacientes com problemas no aparelho digestivo que necessitam de um gastro, pois teriam que esperar 2 anos e meio para conseguir a consulta. Para aqueles que precisam de diagnóstico cirúrgico e tratamento para dores na coluna, a espera ultrapassa 6 anos para 3.078 pessoas. Caso o médico especialista solicite uma ressonância magnética com sedação do paciente, 1.242 teriam que esperar 12 anos para obter o laudo do especialista.

A judicialização da saúde é uma alternativa para “cortar caminho”, e dados fornecidos pela Sesau à Câmara revelam que muitas pessoas têm recorrido ao Judiciário para obter atendimento.

De janeiro a agosto de 2023, a Prefeitura de Campo Grande gastou R$ 16,6 milhões para atender demandas judiciais de saúde. No ano inteiro de 2022, foram destinados R$ 20 milhões para a mesma finalidade, com os maiores gastos destinados a atender ordens judiciais de home care, totalizando R$ 6,2 milhões.

Além disso, há despesas com sequestros judiciais, que ocorrem quando a administração municipal não cumpre as determinações judiciais. Nos primeiros oito meses do ano, R$ 18 milhões foram retirados dos cofres municipais por ordem judicial, um valor superior ao total de 2022 e o maior desde 2017. O problema parece estar na “ineficiência da gestão” da saúde municipal e na “falta de vontade” do Executivo em buscar recursos para expandir o atendimento.

É obrigação do gestor resolver a fila de espera, seja na rede própria ou privada, oferecendo nos centros especializados ou adquirindo serviços de prestadores.




Fonte: Eduardo Suede Postado em: 17-11-2023
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