Fogo Avança na Região Pantaneira, Causas e Medidas Emergem
Um incêndio de grandes proporções consome a vegetação e morrarias da Serra do Amolar desde sábado, atingindo seu pico nesta segunda-feira. Em apenas três dias, mil hectares foram engolidos pelo fogo, levando equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental, PrevFogo, Ibama e voluntários a uma corrida para controlar a situação.
O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) identificou que o fogo começou quando um pequeno fazendeiro queimou uma área para limpar o acesso à sua propriedade, conforme câmeras de monitoramento na Serra do Amolar.
Surpreendentemente, o fogo se alastra em pleno verão, estação geralmente chuvosa na região. No entanto, a falta de chuvas e o acumulado abaixo da média aumentam o risco. Pesquisadores alertam que o segundo semestre é crítico para incêndios na Serra do Amolar, devido ao tempo seco, baixa umidade e falta de chuva.
As queimadas, responsáveis por transformar cenários vibrantes em cinzas, ameaçam matas, vegetações e espécies nativas do Pantanal. Especialistas da UFRJ apontam que a temporada é propícia para queimadas, com condições climáticas desfavoráveis.
Prevenção é Urgente
Evitar a propagação de incêndios florestais no Pantanal requer ações preventivas:
- Faixas sem Vegetação: Criar áreas sem plantas para impedir a propagação do fogo.
- Manutenção: Manter terrenos limpos.
- Cuidado com Queimadas: Realizar queimadas na época correta e em locais seguros.
- Evitar Fogo em Julho, Agosto e Setembro: Meses desfavoráveis para o uso do fogo.
Incendiar espaços públicos e áreas preservadas é crime, segundo o Código Penal Brasileiro (Artigo 250). A pena varia de três a seis anos de prisão e multa, reduzindo para seis meses a dois anos em casos culposos. Denúncias podem ser feitas pelos números 156 (Semadur), 193 (Corpo de Bombeiros) e 0800 061 8080 (Ibama).
Localizada nas proximidades de Corumbá, a Serra do Amolar está ameaçada, situada a 700 quilômetros de Campo Grande. Com 80 quilômetros de serras e morros, abriga uma rica biodiversidade, incluindo onças-pintadas e antas. De difícil acesso, a região é classificada como área de conservação prioritária, reconhecida pela Unesco como Reserva da Biosfera Mundial desde 2000 e Patrimônio Natural da Humanidade.
