Justiça determina prisão de Dr. Tosyn, acusado de fraude contra SulAmérica, enquanto defesa alega perseguição

São Paulo, 18 de janeiro de 2024 – A Justiça brasileira ordenou a prisão do médico nigeriano Oluwatosin Tolulope Ajidahun, conhecido como Dr. Tosyn, proprietário de uma clínica de fertilização em São Paulo. Ele é acusado de aplicar um golpe milionário na seguradora SulAmérica e está sob suspeita de tentar fugir do país. A defesa alega inocência e perseguição por parte da operadora de seguros.

A juíza Giovanna Christina Colares, do Departamento de Inquéritos Policiais (DIPO) da capital, assinou a decisão na terça-feira (16/01), determinando a prisão temporária do médico por cinco dias. Tosyn é acusado de liderar um “grupo criminoso” que teria causado um prejuízo de R$ 2,9 milhões à SulAmérica, por meio de reembolsos superfaturados em planos de saúde, utilizando documentos falsos.

A investigação da Polícia Civil revela que a clínica do médico teria solicitado reembolsos de exames, tanto para funcionários quanto para clientes, com base em documentos fraudulentos. Uma testemunha protegida relatou que estratégias como a dissimulação de pagamentos foram empregadas para enganar os planos de saúde.

Além disso, a denúncia destaca que Dr. Tosyn teria agido de maneira suspeita, vendendo automóveis, rescindindo contratos de aluguel e matriculando os filhos em uma escola na Nigéria. A Polícia Federal apreendeu seu passaporte em uma tentativa anterior de fuga.

A advogada de defesa, Agatha Dias Martins, argumenta que não teve acesso à decisão judicial e que seu cliente permanece em liberdade. Ela defende que as acusações fazem parte de uma disputa entre seguradoras e laboratórios, alegando que a investigação é baseada em interesses corporativos.

A defesa também refuta as alegações de tentativa de fuga, enfatizando que Tosyn pretendia visitar seu pai idoso na Nigéria, mantendo suas atividades no Brasil. A advogada destaca que a vida do médico está no país, com filhos e naturalização brasileira.